Por Jorge Scritori.
O nosso íntimo sempre está à procura de algo ou alguém. Sempre estamos a nos perguntar se estamos no caminho certo ou com a pessoa certa, e isso em determinado momento pode se tornar desastroso.
A lida com o trabalho espiritual mostra que inúmeras pessoas procuram a ajuda dos irmãos do lado de lá, para os mais diversos problemas, e os problemas do coração sempre acabam sendo os mais numerosos.
Já ouvi de um amigo espiritual que não existe amor sem amor próprio.
Tá aí o negócio mais difícil de praticar, porque delegamos nossa felicidade a terceiros. Para estarmos bem, precisamos estar com alguém ou atrás de alguém. Sozinho e feliz se batem, se quebram e muitas vezes não se entendem.
Duas vidas tentam se tornar uma e aí a bagunça está feita.
Choramos a falta de alguém, juntos, brigamos a presença e a falta de espaço.
Sozinhos se debatem na rotina, juntos, a rotina nos sufoca.
Lição difícil de aprender, amar sem algemar, gostar sem sufocar, sem pré-condições ou exigências, pois o amor é o que o amor faz!
Com amor não pode existir mentira, engodo, omissão, logo, o amor é difícil por sermos falíveis.
A maneira mais prática é a culpa no outro:
- Estou assim porque não vivo sem ele (a)...
- Não sou feliz porque ele (a) me sufoca...
- Não fiz por estar com ele (a)...
Sem contar as artimanhas da conquista, no começo mostramos o melhor, varremos a nossa própria sujeira para debaixo do tapete, vem a convivência e o tapete é chacoalhado...Nossa não foi por essa pessoa que me apaixonei... Foi sim!!!
Destruímos e reconstruímos o tempo todo, mesmo que mentindo:
- Não vou fazer mais....
- Vou ficar sozinho (a)...
Acertando ou errando, é necessário entender:
1- A felicidade tem quer ser um processo pessoal;
2- Não se pode ser feliz depositando a responsabilidade no outro;
3- Estar sozinho é bom, bem acompanhado melhor ainda;
4- Vamos seguir os conselhos do velho Raul:
“Porque quando eu jurei Meu amor eu traí a mim mesmo,
Hoje eu sei,
que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez”
Raul Seixas-Medo da Chuva
Texto retirado do site do Instituto sete porteiras do Brasil
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