Por Jorge Scritori.
O Santíssimo Chá está fundamentado na Religião da Amazônia. Multiplicado pelas mãos fortes de Mestre Irineu que teve contato espiritual com uma Divindade.
Feito pela união de uma folha, chamada Rainha e um cipó chamado Jagube. Podendo ocorrer variação de espécie no uso do cipó.
A palavra Daime é uma variação do verbo dar.
O chá é ingerido em rituais específicos, coordenados em igrejas, templos e outras matrizes responsáveis pela doutrina e disseminação da bebida.
O Sto Daime é um agregador natural de culturas, do Xamanismo ao Culto de Orixás, não existem barreiras, preconceito ou discriminação. Toda Religião, culto ou doutrina é bem recebida no seio desta escola.
Tomamos o Sto. Daime para romper com as correntes, as barreiras e as limitações impostas pelo condicionamento social. O Chá possui qualidades e habilidades de cura. Tratando o espírito e a carne, gerando sintonia e harmonia entre o plano material e a realidade espiritual.
O tratamento da depressão, da melancolia e outras anomalias emocionais são um campo muito vasto de trabalho para a bebida. Em muitos casos, existem relatos de irmãos que se libertaram de vícios químicos e emocionais, tendo a oportunidade de desintoxicar o corpo de todas as impurezas ingeridas e criadas no organismo.
O Sto Daime trabalha as fobias, os medos e as inseguranças adquiridas na caminhada carnal. Tomar o Sto Daime é se dar à oportunidade de mudança, aprendizado e consciência.
O Daime é um copo de oportunidades, é a contemplação do Eu Superior.
O nosso modelo de vida urbano acaba nos afastando das coisas sagradas e naturais. O Daime renova essa junção, produzindo calma real e diluindo a calma aparente.
A experiência durante um ritual é rica e individual mesmo em situações onde o individuo se sinta desconfortável. O chavão é válido: remédio bom é amargo e realmente o que cura. Sangrando a ferida o corpo se regenera mais rápido.
O Daime reforma a ponte da mediunidade, sensibilizando o campo e fortalecendo a fé. É o descortinar do mundo espiritual. Com o Daime deixamos de ser espectadores da nossa vida, nos tornando autores e diretores da nossa própria história.
Tomar o Sto Daime é salutar. Você mostra que já está com vontade de mudar, de abandonar posturas rígidas, quebrando o engessamento das magoas, rompendo com o enrijecimento do coração. Nos tornamos mais humanos, diminuindo a indiferença da dor alheia.
O Daime muitas vezes rompe a barreira do tempo, buscando vidas e situações antigas, remotas, que ainda são responsáveis por dificuldades nesta passagem.
Hoje com o evento da Internet e a velocidade incrível que dispomos de informação, precisamos tomar cuidado. O Daime não é um relato de qualquer um, o vídeo de um qualquer. O Daime é libertação, e não existe definição melhor do que a sua própria experiência. Quem se afugenta pelo que ouve do outro se torna um covarde da sua própria vida.
Fico feliz por ter conhecido pessoas como o meu Irmão e Mestre Edmundo Pellizari. Foi ele que me deu a chance de contemplar um copo de oportunidades. Fico contente por ter pessoas como a Sônia Ishibashi, o Fernando Bizarro e o Mauricio Torneiro, como verdadeiros irmãos de copo, que dividem comigo experiências e convivências com a comunhão do chá.
Um copo mudou a minha vida, o meio jeito e as minhas possibilidades.
Um copo...
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