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Por Jorge Scritori.
Recentemente fiz a leitura do texto: “Caricatura da Umbanda - é para rir ou chorar? Do irmão Alexandre Cumino. E realmente a pergunta é pertinente: é para rir ou para chorar? Fiquei introspectivo em relação à situação e acabei lembrando da propaganda de um refrigerante que dizia mais ou menos assim: “Imagem é tudo, sede não é nada”. Nesse momento aparecia uma lata de refrigerante estupidamente gelada causando sede no expectador. Era bem bacana... Coloco isso em função do que foi abordado. Sou extremamente contra manifestações de mau gosto, que acabam por denegrir e ofender a imagem de qualquer aspecto religioso. Fiquei feliz com a apresentação do comediante Leandro Hassum no programa do Jô, dizendo porque ele não se adaptou a nenhuma religião (http://www.youtube.com/watch?v=-uw6naWpgGQ&feature=related). Muito profissional e não pejorativo. Dentro desse cenário eu pergunto: Qual a imagem que transmitimos dentro do trabalho? Quais são os excessos cometidos que acabam sendo mal interpretados? Quais são os sinais corporais que criam confusões, causam medo ou dão abertura para gracejos de gosto duvidoso? Precisamos avaliar.
Temos alguns pontos dentro da nossa liturgia que precisam ser repensados. O uso de fumo e álcool precisa ser dosado ou remanipulado. A quantidade de apetrechos físicos: guias, chapéus, capas, paramentos e outros detalhes precisam de maestria no uso. Estamos em um pais de cultura variada e muitas vezes de bom senso restrito. Quem usa um traje diferente é visto como “fantasiado”, quem bebe é alcoólatra e quem fuma é viciado.
Estou dizendo de valores que permeiam o consciente coletivo, pois vivenciamos uma sociedade preconceituosa e dura. È preciso dosar, tudo que citei acima faz parte da nossa liturgia, no entanto antes do entendimento alheio nos cabe calibrar o uso. Tenho outro exemplo bem bacana, quando estou no desenvolvimento mediúnico com os médiuns mais novos costumo argumentar: “A incorporação de esquerda no inicio da sua vida mediúnica, ela tenciona o corpo, a manifestação é mais dura e existe um período de adaptação entre médium e guia em função do fluxo denso manifestado pelos camaradas da esquerda, no entanto, isso não justifica algumas manifestações bizarras que correm por ai: médiuns que rastejam, palavrões, rosnados e até alguns gritos. Pense que vc vai incorporar na frente de uma criança de 04 anos e por uma responsabilidade comum vc não deve assustar essa criança que poderia ser seu filho, sobrinho, afilhado e etc.”. Faço essa menção porque sou totalmente contra a proibição do acesso de nossas crianças a qualquer trabalho. Não tem como perpetuar a religiosidade se não for através dos pequenos. Novamente estamos se batendo na questão da imagem. Outra coisa bacana, tento me colocar dentro da cabeça do consulente que está indo a primeira vez em um centro, está aflito e angustiado pela sua situação pessoal, esta em um local estranho com pessoas que lhe são estranhas e em determinado momento ele contempla o “guia espiritual” que vai lhe atender e socorrer entornando uma garrafa de bebida alcoólica, na boca mesmo. Não dá! Não pode! Não é isso! É preciso avaliação e reformulação, não quero mudar a Umbanda, mas quero que a Umbanda seja vista, respeitada e tratada como uma grande religião que ela é. Para isso precisamos observar a nossa imagem para não darmos margem a pessoas como do programa Hermes e Renato- programa do mal- (http://www.youtube.com/watch?v=N4SNjdQ2ONE) que fazem da nossa religiosidade um palco de sandices e caricaturas.
Texto retirado do site : www.seteporteiras.org.br
01-Iansã -Deixe o mundo girar
02-Iansã-Dona do mundo
03- Iansã-Dona do tempo
04- Iansã- Gira seu tempo
05- Iansã- o tempo virou
06- Iansã- Resplandeceu
07- Obá- Aquele passarinho
08- Obá- Brilho, Brilho
09- Obá- obá clareia obá
10- Obá- fogo Sagrado
11- Obá- Força da terra
12- Obá- Mãe da sabedoria
13- Obá- Mãe guerreira
Por Jorge Scritori
A Umbanda possui dentro das suas práticas e liturgias vários procedimentos que acabam tendo o seu destino o externo do terreiro, ou seja, na rua! Não é necessário enumerar estes procedimentos, mas é bom lembrar os mais comuns:
- oferendas na natureza;
- despachos de materiais para descargas energéticas;
- consagrações e imantações de elementos: guias de conta, colares, etc;
Todos estes procedimentos podem sofrer alteração de acordo com a escola que o médium segue, mas existe algo que não muda em escola nenhuma:
O hábito de abandonar os materias nos locais do trabalho!
Aos irmãos que já mudaram esta postura, por favor, não se aborreçam, estou falando em relação aos que não mudaram!
Pensando desta maneira podemos entender que o nosso cartão de apresentação ou de visita é feio, bem feio. Matas queimadas, encruzilhadas emporcalhadas, comidas apodrecidas nas cachoeiras, portas de cemitérios fedendo, beira da praia intransitável e todo horror que se possa imaginar.
Ha algumas semanas atrás estava transitando por uma avenida bem conhecida na zona leste, para ser mais exato estava na avenida Jacúpessêgo, parado em um semáforo aguardando a sua abertura. Ao reparar no canteiro central vi que uma criança se incomodava com algo, que ela chutava e dava risada, foi ai que me dei conta que naquele pequeno perímetro estavam depositados um total de 9 alguidares, que pela decomposição e posicionamento foram colocados em dias diferentes...
A pergunta é:
Porque que o nosso trabalho tem que se tornar o lixo para o outro?
Não se trata somente do outro irmão não religioso, mas de nós mesmos!
Quantas vezes você se incomodou de procurar um local para fazer oferenda e o mesmo já tinha sido usado e abusado, estava fedido e sujo?!
Já passei por isto inúmeras vezes e sei o quanto é complicado...
Ok Jorge, você falou, apontou e demonstrou, mas o que pode ser feito?
Simples!
Devemos todos, sem exceção, repensar os nossos procedimentos externos antes que medidas legais sejam tomadas como ocorreu na região sul do Brasil, onde uma cidade abraçou uma lei de proibição de despachos nas encruzilhadas!
Por que não podemos colocar, aguardar e retirar?
Jorge, isto quebra o fundamento de alguns trabalhos e etc, etc, etc...
E que tal não ter local para fazer trabalho?
Que fundamentos teremos nisto?
Que tal uma proibição dura e severa contra as nossas liturgias?
Não precisamos chegar a este ponto!
Se somos adeptos dos Orixás, que possuem a sua representação na natureza, porque temos que ser os primeiros a destruir, sujar, estragar e denegrir?
Alguns mais exaltados podem apontar: e os locais específicos destinados as nossas práticas?
Estes locais, pelo menos todos que conheço, são administrados por pessoas de extrema competência, mas a natureza não esta dando conta do recado, não estamos deixando os pontos descansar e se renovar.
Por mais que se façam limpezas diárias nestes pontos, o grau de decomposição e comprometimento é muito grande, sendo assim, vamos cada um fazer a sua parte!
Segue abaixo um procedimento de trabalho externo adotado pelo Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil.
Este procedimento não é obrigatório, se trata somente de uma sugestão que adotamos e recomendamos!
REGRA DE OFERENDA E PROCEDIMENTOS EXTERNOS:
1) Pedir licença no ponto de força e a todos os seus intermediários.
(deixar algo ou pedir licença mentalmente.);
2) Montagem da Oferenda;
3) Pedido, descarrego ou imantação/consagração;
4) Tempo de espera antes de retirar, de 15 á 25 minutos;
5) Recolhimento de todos os elementos sendo cada elemento separado de acordo com sua classe (vidro com vidro, fruta com fruta...) e cada um depositado no seu lixo de destino.
Boa sorte!
Por Jorge Scritori.
O nosso íntimo sempre está à procura de algo ou alguém. Sempre estamos a nos perguntar se estamos no caminho certo ou com a pessoa certa, e isso em determinado momento pode se tornar desastroso.
A lida com o trabalho espiritual mostra que inúmeras pessoas procuram a ajuda dos irmãos do lado de lá, para os mais diversos problemas, e os problemas do coração sempre acabam sendo os mais numerosos.
Já ouvi de um amigo espiritual que não existe amor sem amor próprio.
Tá aí o negócio mais difícil de praticar, porque delegamos nossa felicidade a terceiros. Para estarmos bem, precisamos estar com alguém ou atrás de alguém. Sozinho e feliz se batem, se quebram e muitas vezes não se entendem.
Duas vidas tentam se tornar uma e aí a bagunça está feita.
Choramos a falta de alguém, juntos, brigamos a presença e a falta de espaço.
Sozinhos se debatem na rotina, juntos, a rotina nos sufoca.
Lição difícil de aprender, amar sem algemar, gostar sem sufocar, sem pré-condições ou exigências, pois o amor é o que o amor faz!
Com amor não pode existir mentira, engodo, omissão, logo, o amor é difícil por sermos falíveis.
A maneira mais prática é a culpa no outro:
- Estou assim porque não vivo sem ele (a)...
- Não sou feliz porque ele (a) me sufoca...
- Não fiz por estar com ele (a)...
Sem contar as artimanhas da conquista, no começo mostramos o melhor, varremos a nossa própria sujeira para debaixo do tapete, vem a convivência e o tapete é chacoalhado...Nossa não foi por essa pessoa que me apaixonei... Foi sim!!!
Destruímos e reconstruímos o tempo todo, mesmo que mentindo:
- Não vou fazer mais....
- Vou ficar sozinho (a)...
Acertando ou errando, é necessário entender:
1- A felicidade tem quer ser um processo pessoal;
2- Não se pode ser feliz depositando a responsabilidade no outro;
3- Estar sozinho é bom, bem acompanhado melhor ainda;
4- Vamos seguir os conselhos do velho Raul:
“Porque quando eu jurei Meu amor eu traí a mim mesmo,
Hoje eu sei,
que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez”
Raul Seixas-Medo da Chuva
Faço reverência a vós mistério sagrado da criação,
Vós que SOIS a manifestação do divino,
Peço que nesta noite possa se manifestar entre nós,
CONFORME nosso merecimento.
No seu poder, na sua força, e na sua magnitude,
Pelo caminho tripolar que emana de VÓS,
Pelo caminho que só vós conheceis,
Pela força que só a vós pertenceis,
E pelo poder de trancar a VÓS concedido,
Eu peço:
Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas,
Que o ódio e o sentimento impuro que emana da minha alma sejam trancados,
Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada,
Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados,
Que a dissimulação e a superficialidade que nasce da minha língua sejam trancados,
Que o egoísmo e a maldade que transcendem da minha mente sejam trancados,
Que A palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo sejam trancados,
Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados,
E assim, fonte primária da criação, assim que Trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a VÓS que:
Destranque todas as portas do meu caminho,
Destranque todas as passagens da minha jornada,
Destranque toda prosperidade material e espiritual,
Destranque o meu coração das amarguras,
Destranque o meu sustento de cada dia,
Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite,
Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado,
Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual,
Salve o Mistério Tranca-Ruas!!!
Pelo poder feminino manifestado, pela capacidade criadora e geradora da vida. Pelo encantamento, pela mística, pelo ritual e pela magia. Clamo a Ti, Mistério Sagrado da Criação.
Peço que a sua Divina Rosa possa se abrir à frente dos nossos caminhos, trazendo beleza, sagacidade e altivez. Que a sua magia se abra na direção de nossos sentidos, fazendo com que nós, homens e mulheres, possamos valorizar a essência feminina existente dentro de nós. Que os seus encantamentos embriaguem as nossas percepções para que possamos arrancar os espinhos de nossos corações, abandonando o ódio, o rancor e o egoísmo.
Que o seu abismo arraste para as profundezas todas as manifestações negativas e perversas que tentam nos envolver. Que a sua tesoura possa cortar e desatar todos os nós, as amarras e os laços que nos prendem ao passado, para que possamos caminhar livres e libertos das obsessões vivenciadas nesta jornada, podendo assim, caminhar com honra e dignidade na direção de um futuro promissor e próspero.
Que o teu amor, que é o amor de todas as mulheres, possa trazer paciência, sabedoria, delicadeza, compreensão e discernimento as nossas atitudes.
Salve Maria Padilha!
Por Alexandre Cumino
Após três dias de retiro no mato, no meio do nada, em Minas Gerais,cercado de cachoeiras e pedreiras de quartzita,voltei às minhas reflexões sobre o mundo de dentro e o mundo de fora
Foram tantas informações que “recebi” neste pouco tempo que tenho dificuldade de colocar tudo no papel,no entanto, uma das mais marcantes é esta questão de “dar um sentido à vida” dentro de um “mundo sem sentido”.
Estar ajustado neste mundo ou ter alcançado algo como posição e poder temporal
não significa estar bem ou ter encontrado uma luz para nossas vidas.
Como nos ajustarmos em um mundo desajustados Se nos ajustamos no desajustado, desajustados estamos nós!
Ou o desajustado é um ajustado que finge estar ajustado e assim entra na normalidade do mundo em que todos vestem uma mascara social ou é só mais um doente em um “mundo doente”, crendo na sanidade entre os loucos.
Mesmo quem tenha boa condição financeira e seja feliz, pode até parecer ajustado, no entanto,se for sincero e tiver uma boa visão da sociedade em que vive saberá que desfruta de algo que é para poucos.
Não proponho uma revolução material, mas a busca por uma clareza na espiritualidade metropolitana.
Vivemos no mesmo mundo das monarquias com sua corte sustentada pelo povo, onde uma burguesia ainda luta para crer, orgulhosamente, que é melhor do que os escravos e a plebe. Somos hoje escravos de um sistema, oprimidos por um modelo capitalista, onde o chicote bate sem dó na criança, no velho e nas mães que não conseguem o mínimo para uma vida honesta e digna.
Por este motivo, mais uma vez, agradecemos a presença do Preto Velho e do Caboclo em nossas vidas, o primeiro por ajudar na libertação de nossos vícios e amarras do mundo da aparência e o segundo por nos despertar a visão de “um outro mundo possível”, em sintonia com a natureza.
Buscamos na espiritualidade em geral e na Umbanda em particular um sentido para a vida.
Para tal precisamos nos libertar deste ciclo vicioso do que é certo ou errado, de como devo me comportar, falar ou vestir.
Deixar de ser aquele que corresponde as expectativas do “outro” e da sociedade para sermos nós mesmos.
A questão é tão profunda que muitos vivem uma espiritualidade sem sentido e sem uma filosofia de vida.
Aderem a esta ou aquela Religião como quem passa a fazer parte de um clube social,
em busca de mais um rótulo, diploma ou cargo para seu currículo.
Agora são espiritualistas por freqüentar certo lugar e andam com um crachá de espiritualidade pendurado, para se sentirem superiores ou dizer que fazem um favor a sociedade.
Trocam os valores internos por práticas externas, se mostram evoluídos pelas roupas que vestem, pela alimentação vegetariana, pela erudição e até usam o não fumar e não beber para enfatizar seus valores ou para diminuir o outro.
Se espiritualidade fosse isso, seria muito fácil alcançar a iluminação.
Por isso cremos nos Pretos Velhos que fumam e falam errado, no caboclo “bugre”, na sabedoria “ignorante” do baiano, no boiadeiro que “ralha” seus valores, no marinheiro embriagado da energia do mar ou do cigano desmoralizado na cidade e dignificado no astral.
Com todos eles aprendemos que: o que vale na Espiritualidade e na Umbanda é o que não se vê.
Seu valor está além da aparência, “mais vale o que sai pela boca do que o que entra”.
Existe um chamado metropolitano, existe uma Umbanda Metropolitana, que nos assiste na problemática deste mundo, uma Umbanda que procura nos ajudar a entender o que fizemos de nós mesmos e de nossa sociedade.
Uma Umbanda que nos liberta dos apegos e das aparências para encontrar uma simplicidade de viver.
E este texto é apenas um convite a pensarmos estas questões dentro e fora da Umbanda.
EM TEMPO:
Não se confunda a colocação sobre o fumo como apologia ao mesmo, todos sabemos o quanto é prejudicial a saúde, mas ainda assim “fumar ou não fumar” é uma opção pela saúde, a espiritualidade deve estar acima desta e outras escolhas como alimentação e exercícios físicos. Que o umbandista aprenda a cuidar do corpo/mente/espírito por opção e não por imposição.
São Paulo, 14 de Junho de 2009.
Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada
http://www.seteporteiras.org.br
Por Jorge Scritori.
O corpo humano é constituído de fases que podem ser definidas de forma bem resumida, podemos entender que o corpo segue aparentemente esta seqüência: crescer, amadurecer e falecer. Coloco isto de forma bem simples porque não sou médico, sou apenas um observador do comportamento humano. Procuro me ater aos detalhes que envolvem a estrutura do médium.
Desdobro estas palavras em função de situações que percebo na rotina mediúnica. O mesmo médium que é um dedicado trabalhador, que serve de aparelho para a orientação de muitas pessoas através do plano espiritual é o grande vilão de sua própria estrutura. Muitos são os descuidados com o corpo que serve de instrumento e muitas vezes estes descuidados estão ligados a mitos que reproduzem dentro do terreiro. Estamos no inicio do mês de agosto e o tempo não foi cooperativo em relação à temperatura e com isso boas partes dos nossos irmãos insistem em trabalharem descalços! São muitas as desculpas:
- “Quando estou incorporado meu guia não permite que meu corpo pegue friagem!” (aff, tenho medo disso, geralmente este médium acha que pode tomar 1 litro de bebida alcoólica que o guia “leva” tudo! A curto prazo você não vai sentir nada, quando as “Ites” surgirem -rinite, sinusite, laringite e artrite- talvez você vai pensar que andaram fazendo trabalho pra você...aff de novo!)
“Meus “guias” não gostam do calçado”! (Claro, eles preferem o médium com a imunidade baixa e ausente do próximo trabalho...)
- “A borracha do calçado isola e atrapalha a comunicação!” (caramba, não sabia que o guia aparelhava pelo pé...)
- “Eu trabalho descalço porque não consigo trabalhar calçado!” (Você já tentou? Insistiu e tentou?)
- “Nossos ancestrais trabalhavam descalços, minha Avó trabalhou descalça, meu Pai me ensinou a trabalhar descalço!” (estão todos vivos e plenos de saúde???)
Outra situação interessante é a lavagem de cabeça em cachoeira no dia que está frio. Já ouvi Dirigente falando: “Tem que ter fé!”
Sim, fé e um bom plano de saúde, no mínimo! O meu raciocínio vai de forma clara: Quanto mais eu preservo e mantenho o corpo são, que eu acredito ser o templo do meu espírito, por mais tempo trabalharei espiritualmente!
Um pouco de flexibilidade e bom senso não faz mal e não prejudica ninguém. Estamos em tempo difíceis com esta idéia de uma pandemia. Na função de orientadores e formadores de opinião, temos que servir de exemplo no que diz respeito à saúde e bem estar.
Religião tem que fazer bem, como só deve fazer o bem e precisa ser sinônimo de qualidade de vida!
Não maltrate o seu corpo, vossos Guias agradecem.
http://www.seteporteiras.org.br
Desenvolver, palavra de uso comum a todos os setores, mas que possui o seu significado focado em crescer e ampliar.
Quando falamos em desenvolvimento traçamos metas de crescimento e o desenvolvimento mediúnico é isso: crescer perante a espiritualidade na
senda do trabalho mediúnico.
Para isso vou questionar algumas barreiras e idéias pré-concebidas ante ao momento do desenvolvimento do médium.
- Primeira questão: MEDIUNIDADE É FARDO, CRUZ, ISSO ME FAZ MAL?
Não, isso não te faz mal, mas se você está com o campo mediúnico desestruturado, saturado de energias pesadas você vai apresentar
problemas comportamentais e até alguns sintomas como: desmaio, tontura, enxaquecas constantes...Etc, isso tudo é o seu corpo
espiritual gritando: Acorda cara! Você não está aqui a passeio, vai trabalhar! - Segunda questão: SE NÃO DESENVOLVER OU VESTIR O BRANCO NADA VAI MELHORAR?
Esta pergunta tem 50% de verdade e a outra metade de interpretação duvidosa. Vejamos, o que consideramos melhorar?
Ter mais dinheiro, mais sossego, mais saúde, ter emprego estabilizado, poder viver tranqüilamente, ou tudo isso e mais um pouco!?
Procure um empresário bem sucedido de qualquer área e pergunte se ele teve que se enfiar em uma roupa branca para
conseguir chegar a onde chegou. A resposta vai vir assim:
- "Meu filho, acordo cedo todos os dias, sou o primeiro a chegar na minha empresa e o ultimo a sair, consegui o que tenho através de
esforço, dedicação e disciplina."
Desenvolvimento mediúnico é isso: esforço, dedicação e disciplina! Treinamento não só da parte espiritual, mas sim dos valores éticos e materiais. Você pode vestir o branco e desenvolver, mas vai continuar tudo péssimo se não trabalhar o seu padrão intimo e vibratório. Você pode vestir o branco e desenvolver, mas vai continuar tudo péssimo se não se desapegar da inflexibilidade e da dureza pessoal para com os outros.
Desenvolvimento é crescimento e não salvação! - Terceira questão: SE COMEÇO O DESENVOLVIMENTO E PARO, VOU SER PERSEGUIDO PELOS GUIAS ESPIRITUAIS?
Engraçado este nome, guias espirituais, subentende-se por guia aquele que conduz, se é espiritual aquele que conduz na espiritualidade.
Como algo que conduz começa a perseguir?
Não, você não será perseguido e o seu livre arbítrio, direito de escolher certo e errado vai prevalecer!
O que adianta trabalhar por medo ao invés de praticar de coração?! Para que coagir e amedrontar ao invés de esclarecer e doutrinar?
Desenvolvimento é liberdade de espírito e crescimento pessoal. Tomemos cuidado com as amarras que são impostas ou vendidas, com a
desculpa da perseguição espiritual. A sua mediunidade é uma alavanca de oportunidades para com a sua
evolução, não deixe esta engrenagem parada ou ociosa, use este dom que Deus te deu para entender a criação material e a sua manifestação
espiritual, não aceite falsas promessas, problemas são oportunidades de crescimento e de mudança de hábitos.
Não se venda, estude, cresça, NÃO acredite naquele que diz que está vendo o seu guia e ele está te prendendo, acredite no guia que
liberta, que cresce junto ao seu lado em um vôo livre perante as belezas espirituais. Se ele é o seu guia que ele faça o melhor por
você, assim como você vai fazer quando surgir uma oportunidade de aprendizado.
Homens na matéria, são homens em qualquer lugar, independente de grau, idade ou poder. Espíritos são espíritos em qualquer lugar, mas também já foram homens
e mulheres na matéria, que viveram, sofreram, cresceram e aprenderam e hoje tentam nos mostrar os caminhos menos tortuosos e mais tranqüilos.
Vamos nos desenvolver, crescendo, buscando, acreditando, amando, entendendo e participando deste processo Divino chamado:
MEDIUNIDADE!